domingo, 29 de maio de 2011

Greve dos Municipários.



                               Preciso colocar algumas questões importantes sobre a greve dos Municipários, grupo que faço parte enquanto professor da rede municipal de educação. A greve é um direito legítimo que consta na constituição e continua sendo uma alternativa legítima de defesa por melhores condições de renda e trabalho.  Lutamos por várias questões; contra o desmonte da máquina pública, substituída por interesses privados, através da famosa terceirização, por melhores condições de trabalho e é claro por pela recuperação da base salarial.
                         O pior de tudo é ter que discutir com o César Busatto. Só relembrando, foi exonerado pela ex-governadora Yeda em 2008, após o vice Paulo Feijó , gravar uma conversa entre ambos onde Busatto afirmava já  “ conhecer “ a fraude do Detran. Fraude esta desbaratada posteriormente pela Polícia Federal. Ao mesmo tempo verificar a postura autoritária do Prefeito José Fortunati, que acreditem, já foi Presidente do Sindicato dos Bancários e um dos fundadores da CUT. São ironias que a vida nos prega.
                        Outra questão importante é a campanha que a mídia guasca faz contra o movimento grevista influenciando a opinião da população. Não é de hoje que os meios de comunicação são atrelados as grandes corporações empresariais. Um órgão público independente que preste bons serviços a população vai na contra mão da necessidade de terceirização.
                  “Sem licitação não tem propina e  não tem corrupção”
                   E a nossa sociedade atual extremamente individualista não se dá conta de que a nossa luta  é  a luta de todos. Serviços públicos de qualidade beneficiam toda a população.




Para finalizar um pequeno texto que dispensa explicações e mostra que a nossa luta é muita mais do que uma mera questão salarial.
          
                       COMO MULTIPLICAR SEU PATRIMÔNIO
A fórmula é antiga na política brasileira. Em primeiro lugar você tem que ocupar um cargo público com poder decisório. Quanto mais relevante o cargo, maior o potencial de retorno financeiro ao seu ocupante.

O segundo passo é estabelecer boas relações com o poder econômico, principalmente com concessionárias e fornecedores do Estado. Lembre-se, é indispensável o alinhamento aos interesses privados. Promova privatizações, concessões, parcerias público/privadas, regulamentações que atendam ao interesse privado. O interesse público e nacional deve sempre ficar relegado ao segundo plano. Em primeiro lugar sempre o interesse do "mercado", leia-se das oligarquias dominantes.

Não se preocupe com o oligopólio midiático. Ele promoverá sua imagem de competência técnica e defenderá suas decisões como "modernas", "acertadas" e "fundamentais para o crescimento econômico" (só não dizem de quem?). Se você conseguir promover privatizações de rodovias, do sistema de saneamento ou de empresas estatais, maior será o retorno do seu investimento. Caso consiga privatizar monopólios naturais (como o setor energético) ou setores estratégicos (como a Infraero) mais sucesso terá nessa carreira. Ocupar um acento no Comitê de Política Monetária (COPOM) ou no Banco Central pode render bons frutos no futuro com os barões das finanças.

Observados os compromissos anteriores com sucesso e fidelidade aos senhores do "mercado", você estará apto a "realizar consultorias econômicas" e justificar a multiplicação e crescimento exponencial do seu patrimônio. Não se preocupe, a fórmula é certeira independentemente da sua formação profissional. Funciona para todos, médicos, jornalistas, funcionários públicos de carreira, etc.

A grande questão é saber até quando o povo brasileiro vai tolerar a privatização do Estado.

Pescado do blog O Partisan




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