Em uma semana que vamos ouvir falar muito sobre atentados terroristas, acho interessante colocar o tema em discussão. Quem define quem é terrorista e quem não é? Em uma situação de conflito o terrorismo se justifica?
Retirei o texto abaixo do Diário Gauche , blog que acompanho , e que mostra como um fato pode ser encarado de uma forma bem diferente. Até hoje a população de Hiroshima e não esqueçamos Nagasaki sofre com os efeitos da radiação a que foram expostos. Claro, alguém vai dizer, mas era uma guerra! Bom, uma das justificativas dos atentados contra os Americanos é que estava sendo travada uma guerra santa! Então, voltamos à primeira questão quem define qual a guerra que é verdadeira e a que não é?
Crescemos ouvindo falar que a guerra do Vietnã foi necessária para livrar o povo do comunismo, porém para o povo do Vietnã, o conflito é intitulado “Guerra dos Americanos” e foi, nada mais, do que uma tentativa de invasão do seu pais por uma super potência.
Quanto mais nos envolvemos em conflitos de outros povos, seja no Oriente Médio, na África ou na Ásia, mais pioramos a situação. A Líbia é a bola da vez.
Para saber um poucos sobre outros pontos de vista sobre fatos importantes da nossa história recomendo dois livros do Airton Ortiz, escritor gaúcho que viaja pelo mundo contando suas experiências. Sem assumir um lado , ou tomar um partido, ele relata o cotidianos dos povos onde circula. Os dois são da Editora Record.
- Vietnã Pós-Guerra. Uma Aventura no Sudoeste Asiático
- Expedições Urbanas: HAVANA
FOTO-LEGENDA _Os rapazes da foto tem origem nas chamadas boas famílias de classe média, branca, cristã, protestante e que tiveram acesso a boas escolas e à academia militar da força aérea estadunidense. Qualquer mãe gostaria de ter como genro um rapaz destes - não é assim que se diz?
Entretanto, se tratam de perigosos terroristas. Minutos depois de posar para esta fotografia histórica, eles movimentaram uma fabulosa máquina de morte e destruição que matou na hora cerca de 140 mil pessoas (98% de civis) em Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945, há 66 anos.
O do centro, fumando cachimbo, é o piloto Paul Tibbets do avião B-29, o Enola Gay, que acionou o mecanismo que liberou a bomba nuclear sobre a cidade japonesa, e que a destruiu minutos depois, deixando-a contaminada com a letal poeira atômica, carcinogênica e teratogênica.
Que diferença há entre esse pessoal cristão e os muçulmanos ortodoxos do talibã, por exemplo?
Muita diferença. Os talibãs - "fanáticos", como gostam de frisar a imprensa ocidental - lutam pela sua terra, pela sua cultura, pela sua crença religiosa e não invadem o país de ninguém.
Esses sete rapazinhos brancos lutavam pelo quê mesmo? Ah, sim, diziam-se guardiães da civilização ocidental, da sociedade de consumo e do capital e - claro - de um Deus branco, misericordioso e que prega o amor entre os mansos e humildes de coração.
Foto: AP/Força Aérea dos EUA
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